
A criança gorda que sempre foi excluída
Que vivia sempre retraída
Cresceu com inseguranças ao seu redor
E um corpo menor desejava ter.
Tinha sonhos de colocar a vida para dançar
Mas ainda seu corpo nenhum lugar queria aceitar
Muitos a chamaram de louca
Porque, “Bailarina não pode ser gorda”.
Mas quem disse que nossas vidas e sonhos param de dançar?
Depois de uma queda a gente se levanta e continua a tentar
Porque bailarina pode ser gorda sim!
E nós sempre iremos conseguir!
Quero aqui salientar que a dança é palco para quem quiser entrar
Não tem cor, gênero e nem corpo
Basta vir de coração aberto, basta vir, dançar e ser feliz!
Texto de Camila Silva Beguetto

20 anos, graduanda de psicologia e reside na cidade de Ourinhos, interior de SP. Gorda menor, desde muito nova sofria com seu corpo, cresceu confusa em meio as suas curvas e buscou na escrita uma forma de refúgio dos padrões que tanto queriam a engolir. Hoje se desconstrói para construir novamente, está em busca de ajudar outras pessoas que passaram e passam por experiências semelhantes. IG insta: @sbcami