
Cheia de gratidão, alegria, esperança e luta que venho comunicar a vocês minha defesa da tese de doutorado do PPG Estudos de Cultura Contemporânea – ECCO na UFMT, orientada pela querida e imprescindível Prof.ª Dra. Juliana Abonizio, com a banca formada por mulheres especiais, das quais me orgulho muito por aceitarem fazer parte dessa pesquisa ativista em primeira pessoa, Dras. @Ludmila Brandão e @Patrícia Osório professoras do ECCO e @Janine Collaço da UFG e @Marcia Mazon da UFSC, banca presidida por @Giordanna Santos, a qual agradeço pelo carinho e atenção sobre meu trabalho. E agora, vem textãoooooo ………
Essa pesquisa mudou minha vida completamente, escolher esse tema me levou a trilhar caminhos e conhecer outras mulheres em que eu nunca imaginava vivenciar, mostrou-me mais uma vez, que nada se constrói sozinha e que quando o projeto é grandioso como esse, é preciso que muitas mãos, mentes, potências, resistências e ativismos estejam juntas e fortes para transformar dor em tese, experiência corporal em luta. Chego ao fim dessa etapa, já que a pesquisa não tem limites, finais, nem conclusões… estamos apenas começando nesse caminhar, mas a fase de doutoramento sim, a termino com muitas conquistas, uma rede de apoio com várias frentes, o nascimento do lute como uma gorda que acabou virando o título da tese … está crescendo, engordando, empoderando… e, ainda vem muita coisa por aí!
Agradeço e dedico esse trabalho a todas as Mulheres Gordas que, como eu, sofreram e sofrem, foram humilhadas e invisibilizadas cruelmente desde suas infâncias à fase adulta, por ações perversas de exclusão, justificadas por preocupação com a saúde, e discurso de ódio assumido e descarado nas ruas e redes sociais.
Às pesquisadoras e aos pesquisadores gordos, no Brasil e no mundo, por aceitarem esse desafio com coragem, por tratar da temática do corpo gordo colocando-se como protagonistas ao fazer pesquisa/ciência. Este trabalho é necessário e importante para que possamos influenciar e exigir políticas públicas e uma reflexão mais crítica no que tange ao tratamento às pessoas gordas em nossa sociedade. Ao ativismo gordo que me ensinou e ensina a transformar ódio e raiva em resistência, que conhecimento empodera e que meu corpo gordo é político e (re) existe à padronização do único corpo viável nessa sociedade, o magro. Às seguidoras e amigas que encontrei nessa caminhada de muita luta, trocas e reflexões, numa outra maneira de ser, entender e estar no mundo. Muitissimoooooooo obrigadaaaaaaa!
E quero terminar agradecendo essa maravilhosa artista GORDA, que fez esse convite tão cheio de significados, em aquarela e cheio de potência …. @Valentina Fisciletti obrigada pelo carinho, é de emocionar!