ENTRE AS DOBRAS. Será que sou uma mulher?

Desabafo sobre o dia 08 de março, \”Dia Internacional da mulher\”

Num olhar desatento. Entre as dobras da minha barriga, as inúmeras estrias, os assados das coxas – que insistem em não se separar… Eu te pareço mulher?

Numa pausa mais desconfiada. Para além do que você acredita ser saúde. Sou mais do que a gordura aparente?

Você insiste em me tirar a cabeça. Sou apenas um corpo. Por aparentemente \”ser\” mulher, objeto. Por ser gorda, abjeta. Mulher que não é mulher. Que não é sequer pessoa. Gordura. Minha existência não é celebrada. Não tem significado poético ou qualquer coisa capitalizada por uma data comercial.

Quantas vezes questionei a minha “noção de pessoa”. Quantas vezes quis ser outra. Quantas vezes engoli os incômodos, porque o meu corpo incomodava.

Não quero essas flores. Apesar de nunca ter recebido. Queria ser vista com humanidade. Queria ser mulher. Será que sou?

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Nas imagens e texto que compõem o card: Carla Leal
Na Direção de Arte e Fotografia: ©Isabele da Costa (Fotógrafa Autoral) – FotoAtivismo contra a Gordofobia

Texto \”ENTRE AS DOBRAS. Será que sou uma mulher?\”, de Karen Florindo

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Nas imagens: Carla Leal

Na Direção de Arte e Fotografia: Isabele da Costa

FotoAtivismo contra a Gordofobia

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Poder transformar aquilo que te faz mal em algo criativo vem ao encontro de um trabalho do feminismo de aceitação e entendimento do próprio corpo, de muitas maneiras e buscas. Entender que as pessoas que te reprovam e não te aceitam são as que precisam de ajuda, pois se incomodam com algo e não sabem bem o porquê. “

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Este livro é resultado de sua pesquisa que teve origem em sua tese de doutorado, a qual propõe análises teóricas para investigar a estigmatização institucionalizada sob a qual os corpos gordos são colocados. Lute como uma gorda está disponível para venda e comprando por aqui você recebe uma dedicatória especial da autora